História

Luxor: Tumbas De Djehuty E Hery São Abertas Para Visitação

As tumbas de Djehuty e Hery, dois altos funcionários da 18ª Dinastia, foram oficialmente abertas ao público duas décadas após sua descoberta.

Ambos os túmulos foram descobertos na necrópole de Draa Abu El-Naga, em Luxor, pela missão arqueológica do Projeto Djehuty, liderada pelo Conselho Supremo de Antiguidades (SCA) do Egito e pelo Conselho Superior de Pesquisa Científica (CSIC) da Espanha desde 2002.

Ao longo dos últimos 20 anos, os trabalhos de escavação, restauração e conservação do projeto levaram a inúmeras descobertas na necrópole. Ele trouxe à luz caixões intactos, múmias e o único jardim funerário conhecido até hoje.

A abertura contou com a presença do Secretário Geral do Conselho Supremo de Antiguidades Mostafa Waziri, do Embaixador da Espanha no Egito Álvaro Iranzo, e da Presidente do CSIC Sra. Eloísa del Pino.

A inauguração também contou com a presença do renomado egiptólogo e ex-ministro de Antiguidades Zahi Hawass, diretor geral de antiguidades do Alto Egito Fathi Yassin e chefe da missão hispano-egípcia José Manuel Galán.

Os túmulos pertencem a dois altos funcionários em um dos períodos mais importantes da história do antigo Egito: o início da 18ª Dinastia do Novo Reino, que viu a reunificação do Egito sob o reinado de Ahmose (c.1530 aC).

Waziri salientou que os visitantes poderão visitar o local e contemplar os túmulos dos dois altos funcionários.

Os túmulos são um exemplo clássico das práticas funerárias de altos funcionários durante a 18ª Dinastia. Eles são decorados em relevo e agora são iluminados com energia verde produzida por painéis solares.

Djehuty era o supervisor do tesouro e supervisionava os artesãos a serviço da rainha Hatshepsut (1507-1458 aC). Hery viveu 50 anos antes e foi supervisor do celeiro duplo da esposa real e mãe da rainha Ahhotep (1560-1530 aC).

As tumbas foram descobertas em 2003. Suas paredes são lindamente decoradas com cenas que representação caça e religião. A cena mais marcante está no túmulo de Djehuty, que retrata um harpista com dois cantores atrás dele e com a letra de sua música gravada acima das figuras.

Galan disse que o nome e o rosto de Djehuty nas paredes de sua tumba foram sistematicamente apagados após sua morte para roubar sua identidade e, portanto, a capacidade de ser lembrado e viver eternamente.

Ele apontou que Djehuty talvez não fosse casado nem tivesse filhos, um fato incomum entre a elite egípcia nos tempos antigos. Portanto, o propósito de manter sua memória através do culto fúnebre é muito incerto.

Seu pai parece não ter sido de origem egípcia, mas natural da Síria-Palestina. Esta pode ter sido a razão pela qual Djehuty tentou destacar seu domínio da escrita egípcia e seu conhecimento dos primeiros textos e rituais religiosos. Da fachada à câmara funerária, a sua capela tumular foi concebida como um ¨monumento às letras escritas¨.

Fonte: Ahram

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